Muito se ouve falar sobre essa tal de realidade virtual. Ok, e daí? Cada um tende a fazer uma ideia própria e estabelecer um conceito. A meu ver, a realidade virtual tem alguns caminhos que concorrem em paralelo desde as primeiras mostras em filmes de ficção e feiras de ciência. Difícil saber qual dos caminhos nos levará até o fim.
Um desses caminhos é o da imagem holográfica. Muitas pessoas nem se lembram desse termo. Entretanto a tecnologia da imagem projetada não evoluiu para o alcance do público em geral.
Outro caminho trilhado é a imagem 3D, já relativamente difundida nos cinemas e na TV. Nós no Brasil estamos ainda começando com isso, embora já existam várias salas de cinema 3D e também as televisões 3D, parece que foram rapidamente introduzidas mas logo sumidas do mercado brasileiro. Não pegou.
A projeção 360 graus é outro caminho. O espectador fica literalmente dentro de uma bolha de imagem projetada, como se fosse pura realidade.
Há também o caminho dos “óculos” usados em vídeo games, mas com fortes possibilidades na área de treinamento etc. Imagine simular uma cirurgia antes de realiza-la. Uau! A tecnologia por trás disso é extremamente sofisticada. Entretanto a eficácia de seu uso para treinamento ainda é uma incógnita.
Alguns futuristas pensam também em anexar sensações físicas como odor, brisa, umidade e movimentos, mas tudo ainda está restrito a tentativas. Creio que já devem ter visitado ou ouvido falar de cinemas com esse tipo de efeito.
Por fim o filme “Os 5 elementos” sugere a possibilidade de realizar a projeção de sonhos como modalidade de realidade virtual. Em teoria você programaria sonhar uma viagem, um passeio ou o que quiser desde que disponível no menu. O filme Star treak também sugere a possibilidade de criar uma realidade virtual só que você se manteria acordado. Bom, isso ainda está longe de virar realidade... Será?
Recentemente os fabricantes de monitores e TVs investem na fabricação de telas curvas e em novo formato de vídeo tentando cobrir o máximo possível nossa visão lateral com incremento também no som uma vez que os autofalantes direcionam o som dos canais esquerdo e direito em direção aos respectivos ouvidos. Isso proporciona uma sensação de separação esquerdo direito mais nítida que o melhor home theater surround existente.
Se por um lado essas maravilhas estão abrindo uma infinidade de possibilidades, por outro tendem cada vez mais isolar o ser humano em seu mundinho. Aqui vai então minha crítica velada: viveremos isolados num mundo virtual?
Pense nisso.
