Antes de qualquer consideração a respeito, creio que vale a pena falar rapidamente sobre o que é essa tal da Computação na nuvem (cloud computing).
Considere que você precisa utilizar um aplicativo (software) bastante sofisticado e cujos arquivos gerados ou o banco de dados que utiliza ocupam considerável memória física no disco rígido de seu computador. Isso implica em algumas coisas básicas do ponto de vista de custos e segurança.
Você precisa pagar pela licença e instalar o aplicativo em uma máquina ou servidor compatível.
Implica também ter uma área de TI responsável por dar suporte técnico e monitoramento.
Você precisa se preparar para ter um servidor ou máquina de back-up bem como pessoal capacitado para reestabelecer algum “ponto” de recuperação de dados.
A ideia básica do cloud computing é disponibilizar software e servidores acessados via web (online) pelo cliente que passa a contar com suporte e atualização do software automaticamente sem ter que pagar por atualizações (upgrades). Brilhante não?
Sim, é brilhante e simples a ideia em si. Mas há sempre alguns aspectos a considerar quando o tema envolve segurança e sobrevivência do seu próprio negócio.
Por exemplo, imagine que você optou por adotar um software para administrar seu RH ou talvez seu despretensioso LMS (Learning Management System). São áreas onde seus funcionários informam dados pessoais que estarão transitando na web e armazenados em servidores externos. Por mais que as empresas desenvolvedoras e provedoras desses serviços estejam maduras o suficiente para manter isso tudo protegido de hackers, haverá certo grau de risco. Recentemente a Sony foi alvo de hackers e teve os dados de seus funcionários divulgados.
Imagine que essa empresa fornecedora “quebre” de repente ou seja absorvida por um concorrente. E o novo dono decide substituir o software que você escolheu num processo de compra longo e custoso pelo software que ela quer lhe impor. Pois é; ou você aceita ou inicia novo processo de substituição, contratação, migração, treinamento, implantação etc. Pintando esses cenários obscuros e sinistramente pessimistas dá para assustar, não? Seria melhor adiar qualquer mudança até que as coisas estejam mais testadas? Essa é a grande questão e a resposta seria simples: nem sim nem não.
A ideia do cloud computing existe desde a década de 50 e começou a ser ofertada na década de 90 com o codinome de Virtual Private Network (VPN). A partir de 2000 grandes corporações desde a IBM até a NASA passaram a ofertar várias formas de serviços e combinações mil. Hoje, uma empresa pode optar por manter seus dados em seus mainframes ou somente parte dos dados. Pode optar por adotar alguns softwares instalados e outros rodando na nuvem. O fato concreto é que os aplicativos via cloud estão de fato bem acessíveis e amigáveis para o usuário comum.
E qual seria a tendência? A tendência é sem dúvida o cloud computing. A Microsoft investe pesado nisso. Os notebooks e tablets tendem a não ter disco rígido (hard disk) justamente forçando o usuário para uso do cloud computing além de baratear o custo de produção.
Vale alertar que esse artigo pretende propor somente uma visão superficial sobre esse tema tão vasto, complexo e técnico.
Espero que tenha sido útil.