O autor dinamarquês Martin Lindstrom autor do livro A Lógica do consumo – Verdades e Mentiras sobre Por Que compramos passou cerca de 3 anos estudando cerca de 2.000 pessoas para tentar entender a lógica do consumo.
Bem não precisamos dizer que seu estudo vale ouro para as empresas e para suas agências de propaganda e marketing.
Sua pesquisa fez uso de imagens obtidas por aparelhos que contrastam as regiões cerebrais ativadas por estímulos visuais, olfativos e auditivos. Essas imagens são registradas e correlacionadas com os desejos/decisões de compra a fim de obter conclusões sobre o que nos faz comprar.
Você já deve ter experimentado a sensação de lembrar-se de uma propaganda que não sai da cabeça por causa do gingle, da criatividade inusitada ou da loira famosa. Entretanto não se lembra do produto nem para que serve ou qual a sua marca. É claro que tudo isso já é bem conhecido dos marqueteiros e se acontece é porque foi feito com determinado propósito.
Hoje em dia com a profusão de produtos, marcas e novidades, as agências precisam produzir campanhas mais objetivas e mais eficazes e é aí que entra a pesquisa do autor. Ele pretende dar um novo rumo na criação de propagandas que de fato façam com que nós consumidores saiamos correndo comprar.
O autor vai mais fundo comparando também os estímulos que atuam mais forte em cada geração e a óbvia diferença entre homens e mulheres. Já é bem aceito que as gerações mais novas que cresceram com os videogames são mais rápidos e hábeis em identificar se algum argumento é crível ou duvidoso. Traduzindo, são mais difíceis de serem enganados, percebem com mais rapidez e acuidade que as gerações do século passado graças ao treino com videogames.
Nosso cérebro pode ser ativado por inúmeros estímulos odoríficos, palativos, visuais, auditivos ou físicos ou a combinação deles todos. É o que o neuromarketing se propõe a entender e decifrar. O autor inova ao estudar o subconsciente ao invés do consciente. A grande maioria das pesquisas realizadas pelas agências acessa o consciente. E de longe sabemos que muitos dos nossos desejos vêm do subconsciente.
No início do século passado as mulheres colocavam uma gota de perfume no papel da carta que escrevia a seu amado (sábias). Hoje as padarias, os supermercados, os restaurantes, as lojas de shopping centers já fazem uso do odor para atrair e marcar seu produto ou marca junto ao público.
Esses são apenas alguns exemplos simples e já bem batidos. Entretanto a técnica de pesquisa promete revolucionar a forma com que um produto obtém sucesso ou fracasso e envolve tudo desde a forma até a cor, textura, odor, peso enfim tudo que aciona nosso gatilho inconsciente.
Esse post pretende dar uma breve introdução ao tema que hoje graças a Internet permite ampla pesquisa.