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O futuro do transporte individual


O veículo conceito da Honda 3R-C Concept é um veículo feito para uma pessoa apenas. Faz certo sentido considerando que seu uso pretende ser a solução para transporte urbano. Trata-se de um triciclo elétrico, a mais recente inovação da Honda. Vale lembrar que essa ideia já foi proposta com algumas variações conceituais no quesito motor e inclinação ao realizar curvas.

Até hoje, os projetistas não têm forçado uma comparação direta com o automóvel, pois até o momento tal comparação seria quase que indefensável. Entretanto, o trânsito nas grandes cidades está se tornando um verdadeiro caos. Tomo como exemplo o caso de São Paulo, uma megalópole constituída de vários municípios que juntos abrigam mais de 20 milhões de habitantes que trabalham e estudam em bairros distantes da sua residência.

Frequentemente os membros da família se deslocam para pontos distintos e cada um precisa então de transporte próprio, uma vez que o transporte público deixa a desejar em todos os quesitos desde frequência, tempo de viagem, comodidade, segurança e necessidade de baldeação.

Juntando isso ao rodízio imposto na região central, muitas famílias passaram a manter um veículo extra apenas para poder repor um, dois ou três dias da semana – um para cada carro. Com o aumento do poder aquisitivo da população, mais pessoas tiveram acesso ao automóvel e chegamos ao ponto de não haver mais como estacionar nas vias públicas. Não há vaga simplesmente.

Os responsáveis pelo trânsito nas metrópoles estão tomando medidas no sentido de tornar o uso do automóvel um tormento caro e inviável, criando as denominadas zonas azuis, criando ciclo faixas e faixas exclusivas para ônibus.

Os semáforos foram todos dessincronizados fazendo com que o condutor ande e pare a cada um ou dois quarteirões. O tempo em que o sinal fica verde diminuiu dando preferência aos pedestres como uma regra geral, havendo ou não necessidade.

O bom censo outrora adotado visando dar vazão ao trânsito não mais existe. Traduzindo, estamos adotando um padrão de Trânsito do início da década de 70 tendo porém uma frota veicular circulante muitas vezes maior.

A proposta da Honda vai de encontro a essa demando por transporte individual, mas o projetista exagera um pouco no quesito segurança e comodidade não tão bem resolvida.

O observador mais atento não precisa entender muito de segurança veicular para observar que não há cinto de segurança, não há limpador de para-brisas, não há gaiola protetora em caso de colisão, não há proteção contra capotamentos enfim, o veículo ainda tem muito a evoluir.

Assista ao vídeo de apresentação e tire suas próprias conclusões.

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