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Quando perder significa ganhar.

  • Foto do escritor: Arnaldo dos Reis Santos
    Arnaldo dos Reis Santos
  • 26 de jun. de 2015
  • 2 min de leitura

Atualizado: 23 de fev. de 2022


Desde pequenos somos estimulados a competir e a ganhar. Mesmo quando perdemos uma disputa, há prêmios de consolação pela participação e elogios à arte de saber competir e perder. Entretanto ganhar é o que importa. Ser o primeiro lugar no ranking é o máximo mesmo que seja por uma semana, um mês ou um ano. Não importa se somos os primeiros apenas da classe, do colégio, do país e se esse país tem uma população pequena. Ser ganhador é o que importa.

Clique aqui para ver o vídeo com legendas.

Na cultura americana existe até o estigma de perdedor (looser) para qualificar pessoas de temperamento menos agressivo. Esse espírito competitivo permanece incutido em nossa mente talvez até a morte.


Fico imaginando o que passa na cabeça de um moribundo ao olhar aos poucos amigos contemporâneos e refletir. Ganhei de vocês, vou morrer primeiro...

Deixando de lado o humor sarcástico, confesso que também sou competitivo. Mas em minha geração não bastava ganhar. Era preciso ganhar respeitando regras básicas de conduta moral e leal. O ganhar era enobrecido pelo respeito às regras sociais, às regras da competição fosse um jogo ou um concurso. Havia os que ganhavam de forma desleal, mas eram logo apontados e sua conduta condenada, quando não sua vitória era impugnada em julgamento de comissões organizadoras compostas de juízes, defensores e reclamantes.

É triste observar que a cada geração que nasce, o respeito às regras diminui e a capacidade de burlar é vista como virtude. Quem acompanha um mínimo de futebol irá se lembrar da famosa mano de diós (mão de deus) do argentino Maradona.

O futebol dos jogadores brasileiros foi considerado por muito tempo como o melhor do mundo por causa da "catimba" significando nada mais que a capacidade de dissimulação visando gerar uma falta ou até a expulsão de um adversário. Essa prática hoje é punida.

A fraude em concursos públicos tornou-se sofisticada com usos da eletrônica, mas felizmente há casos de punição e até mesmo casos de anulação. Observa-se que quanto mais se investe em fiscalização, mais sofisticados se tornam os infratores. Por trás desse quadro se esconde o desejo de ganhar, mas o ganhar a qualquer custo. Afinal um concurso é por si uma espécie de competição.

O ruim é que esse espírito se apodera de todo tipo de situação da vida humana. Ganhar uma vaga de emprego não mais depende de competência, mas muitas vezes de relacionamento. Isso tudo o leitor provavelmente já observou e tem suas próprias opiniões a respeito. Entretanto este post visa a colocar um ponto de vista que nunca havia me ocorrido e é colocado de forma instigante pelo palestrante Daniel H. Cohen.

Ele propõe que perder significa ganhar em se tratando de uma discussão conduzida de forma construtiva. Essa visão possivelmente irá confortar muitos daqueles que perderam uma discussão.

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