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DKW, um ícone dos motores de 2 tempos

Muita gente mais jovem nem sequer ouviu falar da marca DKW. Essa foi uma daquelas marcas pioneiras nascida no início do século XX e que sobreviveu a várias crises econômicas além de 2 guerras mundiais, alcançando seu auge e prestígio graças ao gênio inventivo de alguns engenheiros notáveis daquela época.

A marca DKW foi uma marca de automóveis alemã curiosamente fundada em 1.916 por um dinamarquês e originalmente significava "Dampf-Kraft-Wagen". Numa tradução literal significa carro de força a vapor.

Em 1932 a marca se uniu a outros 3 fabricantes dando origem a Auto Union. Os outros fabricantes eram a Audi, a Horch e a Wanderer. Já em 1928, a DKW era conhecida por ser a maior fabricante de motocicletas do mundo, mas também produzia automóveis. Em lançou o primeiro automóvel de tração dianteira produzido em série, o F8.

Em 1939 a marca desenvolveu um protótipo dotado de um motor de 2 tempos que somente seria produzido após o término da segunda guerra mundial. Foi no ano de 1953 que o modelo F91 com motor 2 tempos de 3 cilindros passou a ser produzido. Esse motor tinha algumas características que o tornariam apreciados pelos clientes de todo o mundo e seria também montado na grande maioria dos veículos da marca.

Entretanto, o sucesso da marca não se deve somente ao motor de 2 tempos mas também aos revolucionários modelos de veículos com ele equipados. Havia a perua, o sedan de 2 e 4 portas, um conversível e um utilitário batizado de MUNGA significando "Mehrzweck UNiversal Geländewagen mit Allradantrieb", ou em sua tradução literal "veículo de uso universal para todo tipo de terreno com tração nas quatro rodas". A DKW produziu também na Europa o Junior e o F102 com a mesma mecânica até 1966.

Os veículos da marca DKW passaram a ser produzidos e comercializados no Brasil em 1.958 pela Vemag sendo muito bem sucedidos até o término de sua produção em 1967 com a aquisição feita pela Volkswagen.

O veículo sedan e a perua eram derivados do modelo F91. Eles ficaram conhecidos por aqui como DKW Vemag e perua vemaguet respectivamente.


O radiador era posicionado atrás do motor e não tinha bomba d’água. O resfriamento se dava por pura convexão. Tinha 3 bobinas, uma para cada cilindro.


O motor era bastante robusto e durável graças à adoção de rolamentos enquanto que os outros motores, todos de 4 tempos, utilizavam bronzinas.





Uma curiosidade dos primeiros DKW Vemag era a abertura das portas dianteiras no sentido inverso ao que conhecemos. Outra característica era a ausência de túnel e a alavanca de mudanças de marchas ficava na coluna de direção, comum nos veículos da época. Outra característica impressionante era aerodinâmica, principalmente no caso do sedan.


O sedan DKW-Vemag tornou-se o automóvel preferido dos proprietários de taxi no Brasil pela sua mecânica simples, sua durabilidade, conforto e confiabilidade. Seu maior concorrente era o fusca.


Outro sedan chegou a ser produzido no Brasil tendo a assinatura da casa italiana Fissori. O utilitário MUNGA também foi fabricado no Brasil, porém rebatizado de Candango. Por último, um esportivo foi produzido com carroceria Malzoni que logo deu lugar ao Puma GT DKW.


Confira a reportagem de Boris Feldman para o Programa VRUM do SBT de 19-04-2009 clicando aqui

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