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Internet das Coisas x Teoria da Conspiração

  • Foto do escritor: Arnaldo dos Reis Santos
    Arnaldo dos Reis Santos
  • 24 de jul. de 2015
  • 4 min de leitura

Atualizado: 26 de fev. de 2022

Acredito que o leitor já tenha ouvido falar ou lido algo sobre a Internet das Coisas. Em inglês IoT - Internet of Things. A abordagem dos artigos que tenho lido se refere a interconexão de todo tipo de equipamento doméstico desde uma geladeira até as luzes, aquecedores etc. E você comandará todos eles através de seu Smart Phone ou então através de um computador qualquer conectado a Internet. Mais: não será preciso digitar nem apertar botões, você realizará o comando por voz.

Será um mundo maravilhoso se visto apenas com os olhos do bem. Entretanto os olhos do bem não podem nem devem ser ingênuos. E nesse sentido me propus a adicionar alguns componentes de risco a essa tendência tecnológica e simular o que pode acontecer se a tecnologia convergir para umas poucas companhias globais ou mesmo a uns poucos países de grande dominância econômica e tecnológica.

Será que estamos caminhando para a utopia da governança global centralizada? Tome como exemplo a questão da segurança da informação de grandes empresas e seus respectivos segredos industriais ou comerciais. Com o advento do Cloud Computing, ou computação nas nuvens boa parte dos programas tenderão a rodar fora dos servidores das empresas. Isso significa ter bancos de dados e arquivos que tratam de negócios fora do controle de segurança próprio.

As empresas que oferecem esse tipo de serviço possuem sofisticados processos de vigilância e segurança, advogam alguns especialistas. Só que não, repetindo um jargão bastante em moda.

Os rackers como todos nós sabemos são pessoas altamente capacitadas, mas com uma tendência a transgressões. O racker transgride para provar para si e para outros que sabem mais, que são mais espertos que os criadores e mantenedores dos sistemas.

Então buscam encontrar falhas nos sistemas e nas empresas. E apontam as mesmas em suas redes, ou apontam para as próprias empresas visando vender uma solução. Alguns são movidos por questões mais obscuras como ódio a determinada marca, ideologia ou país sob uma máscara de vingador ou super-herói cibernético.

Da mesma forma que os rackers, os governos mantém seus serviços de inteligência que também realizam invasões de privacidade sob a alegação de investigação criminal etc. É a chamada ação preventiva. Estes transgridem por suspeitar que algum país ou ativista do mal esteja tentando sabotar ou agir de forma criminosa.

O fato é que a todo instante estamos criando novas defensas quer seja na nossa casa, na nossa empresa, no nosso país ou bloco de países. Entretanto tudo acaba por se constituir em falsa segurança, pois qualquer sistema de defesa que dependa da eletrônica pode ser arruinado por uma simples falta ou sobrecarga de energia elétrica.

Pense na sua casa ou condomínio. Seu sistema de câmaras, alarmes, fechaduras e portas dependem cada vez mais da eletrônica e da energia elétrica. No atual estágio, apenas empresas e órgãos governamentais estão equipados com geradores acionados automaticamente em caso de falta de energia. Alguns condomínios já adotam a solução. Num futuro não muito distante você terá que instalar um gerador ou bateria para manter sua casa “protegida”.

Hoje em dia os aviões caças, os foguetes, os navios e os veículos terrestres dependem fundamentalmente da eletrônica para funcionarem. E não é que a mais recente tecnologia bélica desenvolveu uma arma de pulsos eletromagnéticos capaz de inativar qualquer componente governado por um módulo eletrônico? Um simples sistema de defesa baseado nos emissores de pulsos é capaz de inutilizar enorme contingente agressor (ou defensivo).

Pense no seu carro superpotente, moderno e talvez blindado. Um único emissor de pulsos irá imobiliza-lo colocando-o como refém. De nada adiantou a blindagem e os pneus a prova de furo etc.

E quanto às câmaras de segurança a serviço das polícias. Maravilha não? Nem tanto. Da mesma forma que o crime organizado ousa monitorar a frequência utilizada pela polícia, quem garante que eles não acessam a rede de câmaras utilizada?

Pense então nos drones. São ótimos para vigilância em áreas de risco dominadas por criminosos como as favelas. Só que mentes transgressoras já estão usando drones para transportar pílulas abortivas na fronteira da Polônia, país onde é proibida a prática.

Temo que num futuro essa mesma tecnologia hoje usada para atacar terroristas possa ser usada pelos próprios terroristas.

Pense também no patrimônio científico e cultural das nações e povos. Num futuro não muito distante, não haverá publicação impressa. Os livros serão disponibilizados na Web. Imagine todo o conhecimento humano digitalizado e hospedado em algumas poucas grandes empresas globais situadas em alguns poucos países.

Não é atoa que a China e a Rússia querem desenvolver sua própria Internet alternativa. Esses países já dispõem de suas próprias redes sociais, seus próprios sistemas operacionais e certamente não desejam ter seus lares e sistemas de defesa passíveis da invasão de algum hacker maluco.

Google e outras empresas provedoras de ferramentas de busca na Web já sabem quais sites cada usuário navegou e já utilizam softwares para sugerir a você outros sites correlatos. As pesquisas de compra já podem ser compiladas e já dão subsídios para campanhas de marketing e vendas.

Essas são algumas poucas conjecturas que me assustam, pois quanto mais evoluímos tecnologicamente, mais nos deslumbramos ao mesmo tempo em que nos sentimos mais e mais vulneráveis.

Experimente ficar um dia sem luz, sem Internet ou sem seu Smart Phone e compreenderá sobre o que estou falando.

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