Aprender a mover montanhas!

Há cerca de dois anos atrás, um maluco genial iniciou um movimento no sentido de incluir a habilidade de codificação no Curriculum Escolar. A ideia resultou no projeto SCRATCH desenvolvido no MIT – Massachussets Instutute of Technology para que crianças possam aprender os conceitos básicos de programação computacional fazendo uso do conceito criativo da colagem (saiba mais). Pois é: como no Lego o SCRATCH junta blocos de codificações e no final temos um aplicativo. Simples assim.

Graças ao projeto, algumas grandes corporações já atuam no sentido de disseminar o conhecimento de como criar aplicativos. Empresas como a Microsoft, Apple e Google além de outras disponibilizam plataformas que permitem que um usuário qualquer crie um aplicativo para determinada demanda e o registre para venda ou distribuição gratuita.

Felizmente o sonho foi além das escolas e qualquer pessoa com forte desejo de criar um aplicativo baseado na sua própria observação pode hoje criar algo simples e extremamente útil.

Foi o que fez Kathryn Beiner e mais 4 colegas, alunos da Universidade de Michigan - EUA. Ela, assim como inúmeras alunas de sua Universidade se sentem inseguras com relação ao assédio sexual (sejamos explícitos: elas temem ser estupradas). Sua Universidade é campeã nos EUA nessas ocorrências.

Com base em sua observação, desejo de mudar o status quo e também proporcionar melhor qualidade de vida tanto no campus quanto nas localidades de risco ela foi à luta e se aliou com outros quatro colegas para participar de uma competição dentro da própria faculdade para ampliar a utilidade da funcionalidade do GPS presente nos smartphones.

Segundo a reportagem de Juliana Saboia, essa competição dava um prêmio de 20 mil dólares ao vencedor. Isso me chamou a atenção, pois a Universidade moveu os alunos. A competição explícita é saudável e é uma prática adotada por empresas inteligentes como a Lamborguini, por exemplo, na criação de maravilhas como o novo Uricán.

Na época da segunda grande guerra o governo dos EUA lançou uma competição nacional para fornecer o lendário Jeep. E eis que surgiu um dos mais brilhantes projetos já criados.

Isso me fez lembrar o programa de melhorias promovido pela Mercedes-Benz do Brasil (sim, era esse o nome) no sentido de acolher mudanças no produto que proporcionassem racionalização de processos, melhorias do produto ou simplesmente eliminação ou substituição de componentes em plena crise dos anos 80.

Houve uma mobilização enorme dos cerca de 15.000 funcionários da época e muitos ganharam prêmios significativos. Eu e mais quatro colegas elaboramos nada menos de 43 sugestões e fomos agraciados com a adoção de uma delas. Eliminamos um sofisticado sistema de transferência óleo diesel entre os 2 tanques do modelo extrapesado LS-1924. Em seu lugar propusemos o simples sistema de vasos comunicantes entre os tanques. Para dar uma ideia do valor do premio que recebemos eu consegui quitar a dívida de financiamento do meu apartamento com a quinta parte dele.

Hoje o Brasil passa por uma crise econômica séria cuja consequência minha geração já experimentou. Há grandes sacrifícios e perdas, mas a partir do momento em que nos mobilizamos para enfrenta-la, saímos fortalecidos. Muitos dirigentes optam pelo corte de pessoas, pressionam fornecedores, eliminam linhas de produtos. Mas há também aqueles que buscam soluções no potencial criativo de seus funcionários assim como ocorreu em várias empresas nos idos anos 80.

Pense no quê você, sua empresa, sua escola, ou mesmo sua família está fazendo para mudar e sair da crise. Só reclamam? Bora botar o espírito criativo em ação. Tenho certeza que pessoas simples e comuns são capazes de propor ideias incríveis para soluções complexas ou não.

Se você concorda com isso, compartilhe este post em suas redes sociais. Comente com sua família, seus colegas seus líderes e depois compartilhe os resultados. Se você é um líder ou influencer proponha um plano de sugestões em sua empresa e se estiver no topo da corporação, faça acontecer.

Boa sorte!