Estamos vivendo uma época no mínimo “agitada”. Parece que esse é uma espécie de estigma de início de século.
Tomemos o século XlX como exemplo. Tivemos uma Europa devastada por Napoleão culminando no fim dos reinos no decorrer do século. Por outra perspectiva a máquina a vapor revolucionou o transporte e a fabricação.
Tomemos o século XX quando novamente a Europa sofreu devastação com a primeira grande guerra, que findou apenas com a segunda grande guerra. Por outro lado o surgimento do automóvel e do avião transformaram a sociedade e o mundo.
E agora no início do século XXl vivemos o mundo com mudanças estruturais no mínimo curiosas. O modelo de união da União soviética não se sustentou. E apesar dessa experiência surge a União Europeia. Está bem, ambos ocorreram no finalzinho do século passado. Mas suas consequências estão se configurando agora. Em paralelo, surgiram a Internet, o mobile e a realidade virtual. E no campo da produção e inovação surgem infindáveis invenções nos mais variados campos da ciência.
Toda essa turbulência nos remete a uma pergunta: Como será o mundo em 2030 ou 2060? Estará ainda a viver o conflito dos extremos: Leste x Oeste, Capitalismo x Comunismo? Cristãos x Muçulmanos? Capital x trabalho? Globalização x Nacionalismo?
Há quem já preveja alguns rumos no campo da produção e locomoção. Por exemplo, o renascimento do automóvel, agora com propulsão elétrica e sem motorista (ou autônomo). Os aviões também estarão sofrendo mudanças transformando-se em drones autoguiados. Os trens de alta velocidade podem vir a cruzar o atlântico ou o leste asiático com o oeste americano. Tem que se deslocar para o aeroporto? Vá de autônomo ou então vá de drone, se estiver com pressa.
Se não puder se deslocar fisicamente para sua reunião, faça sua apresentação através da holografia. Sua imagem será vista pelas pessoas na sala como se ali você estivesse e você se sentirá dentro dela através da realidade virtual vendo e ouvindo aqueles ali presentes.
Afora essas coisas cotidianas, alguns experts bem como organizações setoriais procuram fazer projeções e prever o que acontecerá com a economia global e por consequência o sistema de produção das nações e consequentemente com o ranking delas considerando o PIB.
Nesse tocante há a OECD - Organisation for Economic Co-operation and Development (OECD) – Uma organização mundial que faz projeções a partir de dados e tendências econômicas.
Bem para termos uma ideia de como poderá ser o mundo nos anos 30 e nos anos 60 do século XXl, encontrei uma apresentação muito interessantes da OECD (em Inglês). E o Brasil como se encaixa nesse contexto?
Neste momento alguém poderá bradar: Pois é; o Brasil é um país de muitos recursos hídricos e minerais. Está bem, todos nós sabemos que o Brasil e alguns países da África são abençoados pelas riquezas minerais e também pelo clima tropical. Mas será que sabem ou saberão tirar proveito dessas riquezas? Assista a essa outra apresentação da OECD (em Inglês) e observe que nem sempre a riqueza se transforma em progresso.
E como será o mundo sob o ponto de vista da religião? Pelo andar da carruagem seria prudente criarmos um ambiente de respeito e tolerância, pois a balança não esta a pender para o ocidente...
Assista a essa apresentação (da TDC – The Daily Conversation) com base em um estudo da Pew Research Center.
E como será o sistema produtivo? Bem o francês Oliver Scalabre arrisca prever algumas mudanças importantes como a volta à produção local para atender a demanda local reduzindo os custos de transporte e armazenamento, assim como o fim das grandes fábricas produzindo standards massivamente dando lugar a produção em menor escala porém sob forte customização, graças à robotização. Será? Quem viver verá...
Se preferir, assista à palestra com legenda em Português neste link.
