Quando era adolescente (década de 70) escutei o termo “estúpido”. Naquela época o conceito das palavras e em especial dos adjetivos qualificativos não eram muito comentados na minha família. Quando muito diziam: não diga isso, não diga aquilo.
Mas conseguíamos intuir o significado que na época tinha basicamente duas conotações: imbecil e/ou bruto. Eu amadureci assumindo como válidos ambos significados.
Hoje o google nos dá agilidade na consulta e nos oferece várias fontes de consulta, proporcionando uma certeza que o único dicionário da família naquela época não oferecia. Então vamos aos resultados que obtive.
Michaelis explica. Estúpido é:
1 Que ou quem revela estupidez; falta de inteligência, de juízo ou de discernimento; estulto, nabo, néscio, parvo, tapado.
2 Que ou quem se comporta de maneira indelicada; grosseiro, rude.
Léxico dá sinônimos de estúpido:
burro, estulto, idiota, ignorante, imbecil, inepto, lerdaço, néscio, palerma, parvo, pateta, tolo
Se buscarmos traduções, veremos que em espanhol se escreve e significa o mesmo. Em inglês a tradução é “fool”. Lembra do Pateta? Pois é o próprio. Age sem pensar e ri de sua idiotice.
Isto posto como breve introdutório - que pode ser desnecessário a sua geração - vamos ao que me motivou escrever a respeito.
Recentemente o título de um vídeo chamou minha atenção e lá fui eu assistir. O título é: Bonhoeffer e a Teoria da Estupidez | Café com pensamentos.
O vídeo relata a história de um pastor luterano alemão que começou a tecer críticas ao nazismo. Foi acusado de planejar um atentado contra o “Führer” sendo preso em um campo de concentração. Lá; ele obviamente um teólogo, escreveu sobre a estupidez humana. Seu legado é bastante restrito à teologia, mas, por sorte tive acesso.
A partir daí, o algoritmo do google me sugeriu outro vídeo que me fez dar prosseguimento ao tema. O título do vídeo é: “Las 5 leyes de la estupidez humana de Cipolla”.
O vídeo apresenta o estudo de Cipolla, já citado. Fiquei pasmo com o que foi pensado pois, nunca havia cogitado sequer pensar tamanho brilhantismo analítico a respeito do comportamento humano.
Ele colocou suas conclusões em um livro que sequer quis publicar pois acreditava que pouquíssimas pessoas poderiam entender o que ele propunha equacionar.
Passados quase 30 anos Cipolla publicou apenas a versão em inglês pois, tinha convicção de que traduções poderiam distorcer significados. Depois se rendeu a publicar em seu próprio idioma.
Somente agora sua obra foi publicada em português do Brasil e aos poucos vai sendo divulgada e entendida. Pode ser adquirida impressa ou obtida gratuitamente no Kindle. (por enquanto).
Compartilho alguns artigos e vídeos que encontrei sobre o livro, o autor e sua teoria.
Autor: Pedro Lula Mota 12/09/2017 (editor do Terraço Econômico)
Autor: Elemar Júnior 30/03/2020 (coach organizacional)
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/joaopereiracoutinho/2019/08/uma-conspiracao-de-estupidos.shtml
Autor: João Pereira Coutinho 08/2019
Por fim, há um vídeo que pretende dar dicas de como lidar com alguém que você identifique ser ou estar sendo estúpido. Muito útil nos tempos atuais.
Boa reflexão.
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