O Brasil voltou no tempo do Brasil Colônia e não te contaram. Mas como era o Brasil Colônia? O Brasil era cheio de donatários de grandes extensões de terra e estes se associavam a grandes comerciantes principalmente holandeses para produzir açúcar.
Os portugueses plantavam a cana com mão de obra escrava (indígena e depois africana) e depois a colhiam. Os holandeses detinham a tecnologia de fabricação, o transporte e o comércio na Europa. Resumindo, os holandeses empreendiam fazendo uso do que não tinham: terras e mão de obra barata.
Os holandeses, os franceses e os ingleses queriam ter o domínio de todo o negócio. Então os holandeses invadiram o nordeste brasileiro, os franceses até tentaram invadir o Sudeste, mas não conseguiram. Os ingleses gozavam dos privilégios de um país amigo e protetor de Portugal. Lembram da abertura dos portos para as nações amigas? Pois é: os ingleses.
Num determinado momento, os franceses e holandeses decidiram alcançar seu anseio de dominar todo o processo de produção e comercialização do açúcar através da colonização das ilhas do Caribe. Os ingleses ficariam com a produção de algodão no que viria a ser os Estados Confederados.
Foi assim que surgiram novas colônias antes dominadas por Espanha: Haiti, República Dominicana, Cuba, Jamaica, Porto Rico e claro as colônias do sul do que viria a ser os estados confederados dos EUA em terras tomadas da Espanha.
A propósito, note no mapa o nome caraíbas (nome indígena) e Flórida. Em português, adotamos a pronúncia inglesa e por essa razão tem o acento no o. Mas originalmente o nome é de origem espanhola (sem acento) e se pronuncia Florída em alusão à “Terra de muitas flores”.
No século XX, Porto Rico veio a se tornar um território não incorporado dos Estados Unidos. Isto significa que Porto Rico pertence aos Estados Unidos, mas não forma parte dele, tipo primo pobre.
Todos esses países tiveram sua agricultura fortemente baseada em cana de açúcar, algodão e depois bananas, côco e papaia.
Outros países da América Central também viraram monoculturas. O mais conhecido foi a Guatemala "Um golpe militar apoiado pelos Estados Unidos derrubou o presidente eleito em 1950. Na década de 1960, foi aprovada uma nova constituição, no entanto, o exército retomou o poder na década seguinte."
E nós aqui como nos vemos? Não é por acaso que nos tornamos um dos maiores países produtores de cana de açúcar, café, cacau, caju, côco, laranja, banana melão e outras frutas tropicais.
Apenas a cana de açúcar, recebeu e merece receber o título de TOP (da propaganda da rede globo) pois, em função do programa Proálcool recebeu inúmeros aportes tecnológicos e sim merece ser considerada TOP e TEC.
A mecanização, a produtividade alcançaram níveis inigualáveis. Hoje, talvez a Austrália possa se equiparar. A produção de Laranja tem também forte mecanização no transporte e industrialização, mas esta talvez precise alcançar mais mecanização no plantio e na colheita.
Pensando nisso resolvi criar uma serie de posts abordando as monoculturas do Brasil, sua posição no ranking mundial e um pouco do que se pratica nos outros países.
Comecemos pelo TOMATE, tão caro hoje.
Ranking global: O Brasil começa bem modesto em 1.960 e alcança a 9ª posição de em 2010. E aí fica pulando entre a 8ª e 10ª posição em 2.020.
A pergunta que fica: cadê o tomate da minha salada, do meu macarrão, da minha pizza?
O resto deixo para você concluir.
Mas só para complementar, segue outro vídeo que mostra a cultura do tomate na Califórnia. Será que temos essa mesma tecnologia em Goiás ou Tocantins?
Em minha opinião, falta engenheiros no agronegócio. Engenheiros são caros, e raros, mas sabem como ninguém observar, racionalizar, otimizar e mecanizar processos.
O vídeo fala por si.
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