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Ansiedade, melhor saber que sofrer


Ansiedade é um sentimento bom? Esse sentimento tem origem na nossa resposta metabólica e segundo os experts nos permitiu chegar até a atualidade, ou seja, nos permitiu sobreviver. A ansiedade é vizinha do medo. Este nos leva a fugir ou lutar diante de algum fator de risco de morte.


A evolução da vida em sociedade nos tornou menos ansiosos. A civilidade criou regras e costumes que obedecem a leis civis e religiosas. Elas estão apoiadas em sentimentos de respeito ao próximo, respeito ao credo alheio, respeito à propriedade, respeito aos recursos naturais, respeito ao meio ambiente, respeito às instituições civis e governamentais, aos direitos civis estabelecidos enfim, respeito à sociedade tão arduamente erigida ao longo de séculos de tentativas, erros e acertos.


Entretanto, para que tudo funcione de forma harmônica entre todos, é preciso educar, é preciso instruir, é preciso transmitir, reforçar e aprimorar as regras de uma geração para a outra geração, de cidadão para cidadão. Costuma-se dizer que se os pais não educam, a vida educará talvez não de forma tão carinhosa e paciente como poderia ter sido ensinado pelos pais.


Basta apenas uma geração sem receber a benção da educação para colocar em risco o trabalho de toda uma nação ou de todo um povo. Se você deixar de ensinar história, por exemplo, seus filhos e toda sua geração correm o risco de cometer os mesmos erros cometidos pelos povos durante o período das trevas.


Trevas? É assim que se denomina o período pós Império Romano e pré renascimento, onde pequenos agrupamentos denominados de reinos, clãs, principados e condados se agrediam pelos mais primitivos motivos. Que motivos seriam esses? Todos aqueles baseados no desejo de ter o que o próximo tem através da força, da ameaça ou mesmo pela eliminação pura e simples do povo vizinho.


O ser humano assim como inúmeros animais são territoriais. Quem não se lembra da turma da rua de baixo ou da turma do colégio estadual x particular. Se alguém “de fora” mexesse com uma garota da sua rua ou da sua classe ou da sua turma estava armada a discórdia. Por que isso acontecia? Porque havia “caça dotes”. Aquele ser menos favorecido que estrategicamente via (ou não) no casamento uma forma de ascensão social. Era costume a família da noiva doar certa quantia ou propriedades para que o casal iniciasse a vida.


Havia períodos civilizados, mas bastava um descuido para que o instinto animal roubasse a convivência pacífica e civilizada entre os povos, e/ou países. O instinto animal se manifesta através da cultura, do comércio, do poder econômico e do poder bélico. Está presente nas alianças entre nações e nas crenças religiosas. Nessa esteira surge o sentimento de superioridade de um povo e/ou raça em relação a outro.


As nações aprenderam que não basta ser pacífica. É preciso saber e poder se defender, pois um país que não produz o suficiente para alimentar seu povo, pode decidir tomar o que você produz ou a terra que possui. Então é preciso ter uma força bélica suficientemente grande, equipada e treinada para dissuadir qualquer tentativa de dominação externa.


É notório que o mundo não contempla a todas as nações com tudo o que é necessário produzir em abundância para o sustento de seu povo. Os países mais próximos dos polos sofrem com o clima de frio rigoroso e colheita limitada dado o pequeno período de safra. Já os países próximos aos trópicos contam com temperaturas quentes e clima sujeito a tempestades e furacões.


Então nações com pouca terra e muito poder bélico tendem a querer que outras nações forneçam alimento para sua população e para os animais criados em confinamento como gado, aves e suínos em troca da ”não agressão”. Simples assim. Os Impérios do passado e do presente tem essa motivação.


Países pequenos como a antiga Roma tiveram sua supremacia pautada na força. O mesmo ocorreu com todos os demais impérios. Mesmo não desejando a alcunha de Império, algumas nações da atualidade ainda agem como imperialistas. Quando impérios almejam dominar os mesmos territórios para obter seu sustento alimentar ou manter sua hegemonia, a coisa tende à instabilidade.


E como consequência temos a instabilidade, a incerteza, o risco de conflitos localizados, conflitos velados (guerras frias) e conflitos políticos/ideológicos/econômicos/comerciais (guerras híbridas). Muitos desses conflitos nem são percebidos pela população civil cumpridora de seus deveres e pagadora de seus impostos. Esses conflitos ficam restritos à esfera diplomática, à esfera política dominante da nação.


Entretanto esses conflitos afetam a vida cotidiana de cada cidadão pois reflete no custo de vida, nos valores de cada atividade ou profissão e fundamentalmente naquilo que realmente importa para que cada chefe de família possa prover a seus filhos aquilo que garanta seu bem-estar atual e futuro. Em tempos de instabilidade, em tempos de crises políticas, em tempos de crises econômicas e de incertezas sofremos de ansiedade. E nesse contexto reaparecem os filósofos, os historiadores, os sociólogos e psicólogos a nos dar suporte emocional. Aqui e ali buscam nos tirar das incertezas e nos iluminar o caminho seja individualmente ou no âmbito da família ou do seu papel na sociedade.

Temos a benção de ter seres iluminados em nossa sociedade. Disfrutar de sua luz é mais que um privilégio. É necessário.


Curta a generosidade da Dra. Ana Beatriz com sua emocionante e emocionada palestra no Ted sobre o tema ANSIEDADE.







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