top of page

Etiqueta e Educação. Não seja um mamãe falei.


O Brasil é diversificado. O mundo está globalizado. Aceitar as diferenças é fundamental.

O Brasil é um país colorido. Temos uma formação étnica variada que considero rica em todos os sentidos. A miscigenação esteve presente desde antes do descobrimento. As tribos nativas tupi, tamoios, xavantes, potiguaras, tabajaras, pataxós, guaranis são as mais conhecidas. Hoje sabemos que havia pelo menos 50 tribos distintas com idiomas, culturas, vestimentas e hábitos próprios.


Era comum a migração dos nativos através da Pindorama - nome dado pelos nativos ao território que hoje constitui o Brasil. O encontro entre essas tribos era inevitável, donde surgiam os enfrentamentos. Era comum incursões com o objetivo de “roubar” mulheres as quais seriam incorporadas à tribo migrante.


Na chegada dos portugueses, os nativos ofereceram “esposas” como sinal de “amizade” Intuíam que aqueles grupos de homens queriam apenas as mulheres e assim surgiram os primeiros “mestiços” oriundos de nativas com portugueses. Mas os portugueses invasores precisavam de mão de obra e a "solução" inicial era escravizar os nativos para toda sorte de trabalho. Os nativos, como qualquer povo, fugiam ou lutavam na tentativa de exterminar os invasores.


Ibéricos: de escravos dos mouros a escravocratas de africanos.

A península ibérica foi durante muito tempo dominada pelos mouros. Constituía a era dos califados. Até a expulsão dos mouros era prática comum o sequestro de filhos das famílias para servirem como concubinas (escravas sexuais), servos, administradores e cobradores de impostos e guerreiros da guarda do sultão. Esses jovens eram treinados desde jovens e tinham na religião um salvo-conduto pois, um muçulmano não pode ser escravizado por outro muçulmano. Essa prática acontecia também com os povos eslavos. Com a reconquista cristã, a escassez de mão de obra foi o estopim para a escravidão africana.

Veja cronologia dos fatos no final do post.


O porquê da escravidão africana na América.

Mesmo antes do descobrimento do Brasil, os portugueses haviam recebido autorização papal para “evangelizar” os infiéis da África. Visava-se a dominação das terras e povos muçulmanos ou não do norte da África até a Índia. Logo os portugueses perceberam que os “infiéis” muçulmanos eram resistentes a “evangelização”. Então, foram descendo a costa africana.


Os povos encontrados abaixo do rio do Congo (hoje Congo e Angola) eram mais dóceis e não eram muçulmanos. E assim foram levados como escravos para Portugal e depois para as lavouras de cana-de-açúcar e algodão do nordeste brasileiro. Por quase 3 séculos os portugueses tiveram o monopólio do comércio de escravos africanos graças ao tratado de Tordesilhas. Vide cronologia das bênçãos da igreja à escravização no final do post.


Tudo muda com a revolução francesa e Napoleão.

Em 1.808, a monarquia portuguesa foge para Salvador para não sucumbir a Napoleão. Nasce um império europeu sediado na América. Após a queda de Napoleão a monarquia portuguesa volta para Lisboa mas os que aqui ficaram não queriam voltar a ser colônia. Declaram a independência e instalam o Império Brasileiro de 2 reinados (1.822 a 1.889). Durante todo o império, os ingleses faziam enorme pressão para que o Brasil abolisse a escravidão. Era a maneira encontrada para conter o crescimento do império brasileiro que competia com as colônias caribenhas e norte-americanas produtoras de açúcar e algodão.


A abolição da escravatura no Brasil foi gradual sendo o último país a abolir a escravatura negra na América. O fim da escravidão foi o estopim para a instalação da república um ano depois. O novo país precisava de mão de obra tanto para a cana-de-açúcar, o algodão e o café. A república viu então a oportunidade de resolver dois problemas de uma vez: o “branqueamento” da população e a substituição da mão-de-obra recém liberta.


Bom para os países americanos, bom para os países europeus.

Os países europeus passavam por uma forte escassez de alimentos e a imigração ao novo mundo tornou-se uma esperança. Vieram italianos, espanhóis, alemães, holandeses, sírios, libaneses, árabes, ingleses, franceses etc. Daí você pode entender o porquê o Brasil é tão rico em etnia. Com as 2 grandes guerras mundiais no século XX, outros povos vieram do Japão, da China e da Coréia. Povos eslavos e nórdicos também vieram. Nos tornamos um país colorido de raças culturas e etnias. Mas a segunda grande guerra obrigou a todos imigrantes a falar apenas o português no Brasil, somente o espanhol nos demais países e o inglês nos Estados Unidos.


A geração millenial.

No final do século XX muitos da geração batizada de “millenials” deixou de estudar pois, parte precisava trabalhar, parte não conseguia emprego e muitos não viam sentido em estudar sem perspectiva de bons empregos. Essa geração cresceu inculta, machista, sem modos e etiqueta social. Postergaram o matrimônio até porque não conseguiam sustentar uma família da forma como se esperava. Muitos até casaram, mas logo se separaram. O início do século XXI nos brindou com uns 13 anos de prosperidade. Porém a bolha imobiliária de 2008 nos EUA arrastou o mundo para a resseção que perdura até hoje.


A herança dos millenials.

Imagine um ser sem traquejo social algum tendo que se relacionar profissionalmente com outros povos como os italianos, franceses, ingleses, alemães, holandeses, suecos, japoneses e chineses. Aliás, não precisa imaginar. Basta assistir os jornais e observar o despreparo nos diversos escalões do governo municipal, estadual e federal. Transformaram a política em arquibancada de torcidas organizadas. Só pode dar ruim, como se costuma dizer.


Elegância, uma pequena viagem por seu significado. Assista.

Os países citados são nossos clientes e também nossos empregadores através das indústrias que trouxeram ao país. Há todo um protocolo social, comercial, cultural e político a ser respeitado. Ferir esse protocolo pode custar caro. Se não custar o emprego, custará a relação comercial. Se quisermos trabalhar ou comercializar com o estrangeiro, é preciso ter mais que minério, gado e grãos para vender.


É preciso saber história, geopolítica, idiomas, culturas e religiões e etiqueta.


Por isso mesmo surgiram cursos de etiqueta na internet como os que compartilho a seguir.









Cronologia das bênçãos da Igreja aos Portugueses e Espanhóis.


1.418 - Bula papal dando aval à novas cruzadas Portuguesas contra os mouros infiéis na África

Livro Escravidão V1 pág. 90 Laurentino Gomes

1.444 - 1º leilão de escravos em Lagos, Algarve - Portugal sob "testemunho" do infante dom Henrique. Livro Escravidão V1 pág. 11 Laurentino Gomes.

1.455 - Bula papal Pontifix do papa Nicolau V permitindo a Portugal escravizar infiéis no norte da África. Livro Escravidão V1 pág. 11 de Laurentino Gomes.

1.493 - Bula papal Inter Coetera dividindo o mundo para esploração os reinos de Espanha e Portugal. Livro O povo brasileiro pág. 40 de Darcy Ribeiro.d

1.494 Tratado de Tordesilhas. Livro Escravidão V1 pág. 11 de Laurentino Gomes.

Comments


Posts Destacados
Posts Recentes
Procure por Tags
bottom of page